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O local de intervenção, um jardim público periférico ao centro da cidade mas numa zona de grande movimento, tanto pedonal como automóvel, situa-se entre 3 realidades urbanas distintas, a poente, uma zona habitacional de malha ortogonal, com edifícios de linguagem e características semelhantes, uma zona comercial que apresenta uma malha de implantação irregular a nascente, em que cada edifício assume diferente linguagem, e a norte uma zona de edifícios de grande escala, estando esta separada das outras duas zonas por uma avenida de grande tráfego. Destaca-se também as diferentes “velocidades” ao qual o local de intervenção está exposto, a grande avenida a norte com tráfego intenso e muito movimentado, e a velocidade de bairro para o qual o local de intervenção está mais exposto.Sendo um local de encontros e interacção humana por excelência, o jardim já absorve por si só as diferentes realidades que o rodeiam, aliás torna-se um local marcante naquela zona devido a ser uma das poucas zonas arborizadas e verde num mar de construção. É uma micro referência que se pretende torna numa pequena centralidade e local de reunião social, cultural e humana.
Depois da interpretação do local e das premissas dadas pelo programa base, define-se como linhas orientadoras 2 “grupos” que interagem entre si. Um que prevê a manutenção do espaço/ jardim público, pois este espaço já tem características de encontro, reunião, interacção e conhecimento multidisciplinar de relações humanas, características essas que se pretendem manter e enfatizar na proposta da nova biblioteca. Este outro grupo seria o desenvolvimento físico deste novo espaço, não como uma biblioteca mas como um “Teatro de Conhecimento”, um espaço multidisciplinar, mutável e de grande presença, aberto á comunidade que permita potenciar as relações humanas, assumindo-se também como um grande centro de cultura e desenvolvimento social.
A importância de manter o espaço público verde é fundamental no desenvolvimento da ideia deste projecto para isso, numa primeira fase, a implantação do edifício ocupou toda a área do jardim existente, cumprindo os afastamentos necessários e a criação de passeio publico e lugares de estacionamento, a segunda fase representa o volume de edificação que se desenvolve em 4 pisos, onde se encontra todo o programa. A terceira fase é o retirar massa na base e no interior desse grande volume, soltando o edifício do solo reforçando a ligação interior/exterior, e a criação de diferentes pátios, um em cada piso que permite sempre essa interacção entre exterior e interior, e potenciando a relação entre eles. A quarta fase é a manutenção do jardim público que renasce nesses diferentes pátios, os quais também são fundamentais na criação de um edifício “verde”.
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