Concurso
O local de intervenção situa-se numa área não urbanizada, entre duas partes da zona residencial de alta densidade de Druzhba. É uma zona periférica ao centro da cidade que se encontra próxima do aeroporto.
A proposta desenvolvida pretende gerar espaços de passagem, com a criação e delineação de estruturas e árvores que garantem o conforto necessário a uma ocupação exterior.
A zona de intervenção encontra-se entre futuros edifícios, por entre eixos viários traçados no projecto urbano já existente e é caracterizado por uma vincada mudança da sua apropriação , no qual é estimado um rápido desenvolvimento e uma grande mobilização de pessoas para este local. O plano que foi entregue nos documentos de concurso foi respeitado, e a intervenção adaptou-se ao plano existente.
Apesar de ser uma zona não urbanizada, existe um plano prévio de desenvolvimento e expansão da mesma, onde se encontram definidos os quarteirões, os acessos rodoviários e pedonais, a implantação e especificação do número de pisos dos edifícios , e de forma explicita , a implantação da futura estação de metro e condicionantes a uma futura intervenção. Os canos de gás que atravessam esta zona, e a forma como iriam ser integrados no projecto, foram alvo da nossa proposta
A proposta de ideia para a implantação da estação de Metro 20 , e organização do território em seu redor, segundo as premissas de concurso.
Assumindo que a cidade irá crescer até esta área, este projecto procura apontar caminhos que sejam estruturantes desta nova zona da cidade, através da criação de espaços comuns – acima e abaixo do solo – com uma filosofia de união a nível visual e com uma linguagem funcional.
A forma como se habita e percorre este espaço foi determinante na recolha de possíveis soluções, tanto ao nível da estrada, como no piso intermédio, e finalmente ao nível do metro. O sentido de união e comunicação entre níveis, de maneira a estabelecer um dialogo, é a mensagem mais importante a reter.
De acordo com as características da envolvente e dos percursos assumidos ao nível da estrada, são propostas quatro saídas/entradas, que se instalem em zonas que permitem uma maior e melhor circulação de transeuntes e garantem o conforto necessário a esta ocupação exterior. Estas entradas inserem-se no enquadramento da malha urbana, assumindo um carácter escultórico que se estende na horizontal e que tem reflexo na sua implantação. Desta forma, há uma marcação muito forte das entradas/saídas do metro, e uma abordagem que garante que a nova intervenção se assume não apenas no interior, mas também ao nível da estrada.
Com esta estratégia, procuramos uma definição muito clara dos pontos de acesso do metro, mas no patamar intermédio temos um momento de reunião e passagem. Na transição existem duas referencias muito claras: a primeira de absorver as pessoas e a outra de as libertar. Aqui, os planos inclinados que sobem as paredes e nos abrigam ao nível da cobertura, criam um túnel que induz a um grande conforto e proporcionam um carácter de segurança.
O nível inferior é caracterizado por uma malha de pilares muito forte. Em vez de os eliminar, a nossa proposta procurou tirar partido destes elementos, enquanto objectos definidores deste espaço. Em vez de lutar contra os pilares, eles tornaram-se no factor estruturante do ambiente do projecto. A nossa abordagem passou por unir os pilares através de arcos que deslizam entre si criando um espaço de múltiplas abobadas que dividem as plataformas em zonas de espera e entrada para o metro, criando um espaço de grande conforto e riqueza formal.
A implantação sugerida no programa de concurso, as cotas onde os níveis se desenvolvem, o programa e localização dos acessos, e mesmo a malha de pilares fornecidos foram totalmente respeitados na nossa proposta. Os canos de gás que cruzam este quarteirão encontram-se entre o nível intermédio e a cota da estrada, encontrando-se enterrados.
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